Novo mainframe da IBM processa 450 bilhões de inferências por dia, consome menos energia e é compatível com até 96 aceleradores de IA. Lançamento posiciona a linha Z como plataforma crítica na era da inteligência artificial corporativa.
Novo mainframe da IBM processa 450 bilhões de inferências por dia, consome menos energia e é compatível com até 96 aceleradores de IA. Lançamento posiciona a linha Z como plataforma crítica na era da inteligência artificial corporativa.
A IBM anunciou nesta segunda-feira o z17, nova geração de seu mainframe corporativo totalmente criptografado, equipado com processador Telum II e preparado para executar mais de 250 aplicações de IA, incluindo agentes inteligentes e modelos generativos. O lançamento, programado para 18 de junho, reforça a aposta da empresa na convergência entre infraestrutura de missão crítica e inteligência artificial de ponta.
Apesar da imagem de tecnologia “legada”, os mainframes continuam centrais na operação de grandes corporações: segundo a IBM, 71% das empresas da Fortune 500 ainda dependem desses sistemas. Em 2024, o mercado de mainframes movimenta cerca de US$ 5,3 bilhões, segundo a Market Research Future.
Com o z17, a IBM amplia a potência de processamento para 450 bilhões de inferências diárias — um salto de 50% em relação ao z16, lançado em 2022. O sistema é compatível com 48 chips IBM Spyre AI no lançamento, com escala prevista para até 96 aceleradores em um ano. A VP de produto da linha IBM Z, Tina Tarquinio, destaca que o projeto vem sendo desenvolvido há cinco anos, antecipando a explosão atual da IA generativa iniciada com o lançamento do ChatGPT em 2022.
“É impressionante ver como o feedback que coletamos dos clientes se alinhou ao que o mercado se tornou”, afirmou Tarquinio. “Estamos construindo com margem e agilidade, porque os modelos vão mudar — e o que não sabemos sobre o futuro da IA é justamente o mais empolgante.”
O z17 também é mais eficiente energeticamente que seu antecessor. A IBM afirma que a nova arquitetura de chip oferece 7,5 vezes mais aceleração para IA, com 5,5 vezes menos consumo energético comparado a plataformas concorrentes em tarefas multimodais. Além disso, o sistema foi projetado para interoperar com softwares e ferramentas open source, ampliando sua flexibilidade em ambientes híbridos.
Segundo Tarquinio, o foco do z17 é garantir escalabilidade e performance para aplicações corporativas críticas, como prevenção de fraudes em tempo real, automação de processos e análise preditiva com agentes inteligentes — áreas onde o mainframe segue imbatível em resiliência, segurança e throughput.
Ao unir a confiabilidade dos mainframes com a escalabilidade da IA generativa, o z17 representa mais do que uma atualização de hardware: é uma tentativa da IBM de reposicionar sua plataforma como a infraestrutura de confiança para a próxima década da computação empresarial.
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