Elon Musk encerra sua polêmica passagem pelo governo dos EUA após criticar projeto fiscal de Trump. Apesar da saída, promete que missão Doge continuará viva na máquina pública.
Elon Musk encerra sua polêmica passagem pelo governo dos EUA após criticar projeto fiscal de Trump. Apesar da saída, promete que missão Doge continuará viva na máquina pública.
Elon Musk anunciou oficialmente sua saída da administração Trump após cumprir seu período como funcionário especial do governo, liderando o Departamento de Eficiência Governamental (Doge). A decisão veio um dia após críticas contundentes ao projeto de lei fiscal do ex-presidente, que Musk classificou como “ineficiente” e contrário à missão de enxugar os gastos públicos.
Em publicação na rede X, Musk agradeceu a Trump pela oportunidade de conduzir a missão Doge, responsável por uma campanha de cortes que resultou em mais de 260 mil demissões no funcionalismo público federal. “A missão Doge continuará como filosofia de governo”, afirmou.
O magnata, que ocupava a função de “funcionário especial do governo” com limite de 130 dias por ano, vinha demonstrando insatisfação com os rumos da administração, especialmente após o anúncio de um novo pacote fiscal bilionário. Em entrevista à CBS, disse que o plano “aumenta o déficit” e “sabota os avanços de Doge”.
“Um projeto pode ser grande ou bonito. Mas não os dois”, ironizou.
Durante sua passagem, Musk prometeu inicialmente cortar US$ 2 trilhões do orçamento federal — meta que foi reduzida sucessivamente até chegar a US$ 150 bilhões. A política agressiva causou demissões equivocadas, incluindo funcionários de programas nucleares, e acabou barrada parcialmente por decisões judiciais.
Em meio à crescente pressão, Musk já havia anunciado que voltaria o foco para suas empresas, após queda de 13% nas vendas da Tesla e protestos violentos contra seus negócios. Atos de vandalismo contra carros e estações da marca levaram o Departamento de Justiça a classificar os ataques como “terrorismo doméstico”.
Musk prometeu continuar como CEO da Tesla pelos próximos cinco anos e reduzir suas doações políticas após gastar quase US$ 300 milhões nas últimas eleições. Apesar de deixar formalmente o governo, seu legado — e as polêmicas do Doge — devem seguir presentes na política americana.
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