Empresa criará grupo consultivo para alinhar sua atuação social enquanto avança na transformação de sua estrutura para modelo de capital aberto.
Empresa criará grupo consultivo para alinhar sua atuação social enquanto avança na transformação de sua estrutura para modelo de capital aberto.
Em meio à sua transição de organização sem fins lucrativos para uma corporação tradicional, a OpenAI anunciou que reunirá um grupo de especialistas para aconselhar sua área de filantropia sobre os desafios mais urgentes enfrentados por organizações sociais. O comitê será anunciado ainda em abril e entregará suas recomendações ao conselho da empresa nos próximos 90 dias.
Segundo comunicado publicado em seu blog, o grupo consultivo incluirá representantes de comunidades e lideranças nos setores de saúde, ciência, educação e serviços públicos, com foco especial no estado da Califórnia, onde está sediada a OpenAI.
“[O conselho] considerará essas contribuições em seu trabalho contínuo de evolução da atuação da organização sem fins lucrativos, bem antes do final de 2025”, diz o comunicado oficial.
Fundada em 2015 como um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos, a OpenAI adotou uma estrutura híbrida a partir de 2019 para viabilizar investimentos e viabilidade operacional. Atualmente, funciona como uma empresa com fins lucrativos, mas controlada por uma entidade sem fins lucrativos, em um modelo de “lucro limitado” que restringe os ganhos de investidores e funcionários.
O plano atual, contudo, é converter essa estrutura em uma corporação convencional, com ações ordinárias e possibilidade de listagem em bolsa. Em troca, a entidade sem fins lucrativos controladora receberia bilhões de dólares — perdendo seu papel de controle sobre a empresa.
A transição carrega implicações estratégicas e jurídicas. Segundo fontes próximas, a OpenAI precisa concluir essa reestruturação até o fim de 2025 para evitar cláusulas de revogação de investimentos. Um dos investidores, o SoftBank, poderia reter bilhões em capital prometido caso o prazo não seja cumprido.
A criação do comitê filantrópico busca suavizar a narrativa de transição da OpenAI, que enfrenta críticas por se afastar de seus princípios fundadores. Ao ouvir vozes da sociedade civil e setores estratégicos, a empresa tenta preservar seu legado público — mesmo em um novo capítulo corporativo.
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