Inteligência artificial e chips: acordo de Trump trava venda da fundição da Intel

Trump trava venda da fundição da Intel em acordo bilionário e aposta em inteligência artificial nos EUA.

Administração Trump busca fortalecer semicondutores e inteligência artificial com participação acionária na Intel

A administração Trump estruturou um acordo que limita a Intel a vender ou separar sua unidade de fundição, responsável pela produção de chips sob encomenda. A medida integra a estratégia dos EUA de reduzir a dependência da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) e reforçar sua liderança em inteligência artificial e semicondutores.

Resumo do caso

  • O governo dos EUA adquiriu 10% de participação na Intel.
  • O acordo inclui um warrant de cinco anos que pode elevar a fatia governamental para 15%.
  • A Intel recebeu US$ 5,7 bilhões em caixa via CHIPS and Science Act.
  • A divisão de fundição segue acumulando prejuízos — US$ 3,1 bilhões no último trimestre.
  • Analistas e investidores pressionam pela cisão da unidade, mas o acordo trava essa opção.

Detalhes do acordo

Segundo o Financial Times, o CFO da Intel, David Zinsner, revelou que a administração Trump incluiu no acordo cláusulas que penalizam a empresa caso reduza sua participação na fundição abaixo de 51%. Isso garante que a divisão permaneça sob controle da companhia.

Zinsner também confirmou o recebimento de US$ 5,7 bilhões em caixa, montante já aprovado anteriormente, mas ainda não liberado até o fechamento do acordo. Esse valor faz parte do programa de incentivo industrial norte-americano.

Impactos para a indústria

O acordo reflete a pressão política para manter e expandir a fabricação de chips dentro dos Estados Unidos. A porta-voz Karoline Leavitt informou que os detalhes finais ainda estão sendo ajustados, enquanto a Intel preferiu não se pronunciar além das falas do seu CFO.

Apesar da injeção financeira, a unidade de fundição segue como fonte de prejuízos significativos. A pressão de acionistas pela venda ou cisão cresce, mas o acordo impede essa alternativa no curto prazo. A medida reforça a importância estratégica da fundição para avanços tecnológicos, incluindo aplicações críticas em inteligência artificial.

Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.