OpenAI lança GPT-4.1 sem relatório de segurança, acendendo alertas sobre transparência em inteligência artificial

Na última segunda-feira, a OpenAI apresentou o GPT-4.1, novo modelo da sua linha de inteligência artificial, com avanços notáveis em benchmarks de programação. No entanto, o lançamento gerou controvérsia ao não incluir o tradicional system card — relatório de segurança com testes e análises de risco do modelo.

Segundo a empresa, o GPT-4.1 “não é um modelo de fronteira” e, por isso, não demandaria um system card. A justificativa foi dada ao TechCrunch, contrastando com posições anteriores da própria OpenAI, que já definiu esses documentos como pilares da sua política de transparência, inclusive em compromissos com órgãos governamentais.

Relatórios como o system card detalham avaliações internas e externas, incluindo falhas conhecidas e comportamentos potencialmente nocivos dos modelos de inteligência artificial. Para pesquisadores e reguladores, esse material é essencial para mitigar riscos e entender os limites das tecnologias.

Steven Adler, ex-pesquisador da OpenAI, afirma que esses relatórios representam hoje o principal mecanismo de transparência voluntária do setor. Embora não sejam obrigatórios por lei, eles funcionam como garantias públicas em uma indústria cada vez mais crítica.

A ausência do documento no caso do GPT-4.1 intensificou críticas contra a OpenAI. Adler, junto a outros ex-funcionários, já havia alertado — em documentos judiciais anexados ao processo de Elon Musk contra a empresa — que o modelo de negócios com fins lucrativos poderia comprometer compromissos de segurança.

Para especialistas, a transparência se torna ainda mais importante à medida que modelos como o GPT-4.1 ganham poder e escala. Sem o relatório de segurança, aumenta a preocupação sobre como esses sistemas de inteligência artificial estão sendo monitorados e lançados ao público.

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