Escândalos na Faria Lima mostram que governança, compliance e LegalTechs são cruciais para proteger reputação, atrair investimentos e mitigar riscos no mercado financeiro.
Home » Quando a sombra do PCC atinge a Faria Lima: por que governança, compliance e tecnologia são a única saída
Escândalos na Faria Lima mostram que governança, compliance e LegalTechs são cruciais para proteger reputação, atrair investimentos e mitigar riscos no mercado financeiro.
A notícia de que fundos de investimento e instituições financeiras na Faria Lima foram alvo da Polícia Federal por suspeitas de lavagem de dinheiro do PCC não é apenas um escândalo criminal. É um alerta. Um lembrete de que, em pleno 2025, governança, compliance e transparência ainda não são prioridade para muitos players do mercado financeiro brasileiro e que a conta dessa negligência, mais cedo ou mais tarde, sempre chega e que a inteligência artificial pode ser uma solução para este desafio.
No entanto, onde há risco, há também oportunidade e a inovação jurídica é a estratégia de proteção mais eficaz hoje.
O Brasil, ao mesmo tempo em que se consolida como polo global de capital e inovação, permanece vulnerável àquilo que mais mina a confiança dos investidores: a falta de clareza.
Para quem está à frente de empresas e fundos, não basta crescer, captar ou performar acima do CDI. O que de fato sustenta reputações (e valuations) é a capacidade de mostrar processos sólidos, mecanismos de controle e uma cultura que não tolera atalhos.
O que os números dizem a respeito? O Brasil registrou US$ 339 milhões em receita no segmento LegalTechs em 2023, com previsão de chegar a US$ 605 milhões até 2030; o número de LegalTechs brasileiras saiu de 20 em 2017 para mais de 600 em 2022, com uma estimativa de 400 startups no mercado em 2025; O mercado de regtech (compliance) saltou de US$ 200 milhões em 2023 para projeção de US$ 732 milhões em 2029, crescendo a 22% ao ano.
Tem mais. Investimentos expressivos incluem R$ 126 milhões na NetLex, R$ 16 milhões na Lexter.ai, além de aquisições estratégicas como D4Sign e Deeplegal. Globalmente, o setor LegalTech levantou US$ 2,9 bilhões em capital e US$ 2,5 bilhões em M&A em 2024, num total de 51 transações . A adoção de IA generativa no legal deve ultrapassar 50% entre grandes empresas até fim de 2025 (ante menos de 10% em 2023), com crescimento de receita de IA legaltech acima de 30% ao ano.
O que está em jogo? Quando instituições de peso são expostas em investigações criminais, os efeitos vão muito além das buscas policiais ou das manchetes negativas. Investidores internacionais retraem aportes. Fundos perdem liquidez. Escritórios jurídicos e departamentos de compliance enfrentam crises que poderiam ter sido prevenidas. O risco reputacional, nesse cenário, torna-se tão caro quanto o risco financeiro. E aqui está o ponto central: sem confiança, não há capital.
Nos deparamos com a nova fronteira do compliance. É exatamente nesse contexto que inovação e tecnologia no Direito deixam de ser luxo e passam a ser imperativo estratégico. Legaltechs de governança (ex.: Nai-It.com.br) monitoramento e due diligence (ex.: JusMapp.com.br, ForeLegal.com.br) já oferecem soluções que não apenas atendem exigências regulatórias, mas também constroem proteção reputacional.
Advogados que antes eram tratados como “departamento de apoio” hoje são pilares centrais de qualquer organização que pretenda atrair capital inteligente. E não há mais espaço para improviso: investidores globais exigem métricas, relatórios e mecanismos de accountability em tempo real.
O cenário regulatório favorece quem se antecipa:
Equity as a Service é uma resposta possível. Na nossa Holding de participações em startups LegalTechs Aleve LegalTech Ventures S/A, temos insistido em um modelo diferente. Ao estruturar equity as a service, conectamos advogados, LegalTechs e investidores em uma rede que privilegia clareza e alinhamento de interesses.
Nossa proposta vai além do investimento financeiro: trata-se de criar ecossistemas de confiança, em que startups jurídicas oferecem soluções robustas, advogados têm acesso a ferramentas de ponta e investidores encontram negócios preparados para resistir a crises.
Em um ambiente marcado por escândalos, a diferença entre quem será lembrado como protagonista e quem será esquecido como cúmplice está na capacidade de antecipar riscos e estruturar governança.
Advogados de grandes bancas, departamentos jurídicos corporativos e gestores de fundos que ainda enxergam a tecnologia como acessório já estão atrasados. O mercado exige clareza, rastreabilidade e inovação na forma como lidamos com contratos, compliance, due diligence e estruturação societária.
Estar conectado a um hub de inovação jurídica não é apenas sobre eficiência operacional. É sobre sobrevivência em um mercado cada vez mais escrutinado, seja pela Polícia Federal, seja pelos investidores internacionais.
O caso da Faria Lima é apenas a ponta de um iceberg que insiste em emergir no Brasil. A diferença, hoje, é que já não existe desculpa para improviso: a tecnologia está disponível, a inovação é acessível e a governança é inegociável. A pergunta que fica é simples: quando a próxima operação estourar, sua empresa estará no noticiário como exemplo de transparência ou como alvo de investigação? Na Aleve, temos escolhido o primeiro caminho. E convidamos Advogados, LegalTechs e Investidores a fazerem o mesmo!
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Advogada especializada em M&A e investidora anjo, CEO da Aleve LegalTech Ventures, a primeira Venture Builder especializada em legaltechs no Brasil.
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