Resultados da Nvidia revelam efeitos da guerra China-EUA sobre vendas de chips de inteligência artificial.
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Resultados da Nvidia revelam efeitos da guerra China-EUA sobre vendas de chips de inteligência artificial.
Com os olhos do mercado voltados para sua atuação na China, a Nvidia divulga seus resultados do segundo trimestre nesta quarta-feira. A fabricante de chips de inteligência artificial é peça central na guerra comercial em curso entre Washington e Pequim, e firmou recentemente um acordo incomum com o governo Trump para manter vendas ao país asiático.
A Nvidia aceitou pagar 15% de suas receitas provenientes da China ao governo americano em troca de licenças de exportação. Apesar do apetite chinês pelos chips da empresa, autoridades de Pequim recomendaram que empresas locais reduzam compras, alegando preocupações com segurança nacional.
Segundo dados da LSEG, a Nvidia deve reportar uma alta de 53,2% na receita do segundo trimestre, atingindo US$ 46,02 bilhões — um ritmo mais lento do que os crescimentos de três dígitos registrados anteriormente.
Com as sanções afetando o mercado chinês, a empresa já estimou perda de até US$ 8 bilhões no trimestre encerrado em julho. A pressão regulatória levou a um prejuízo de US$ 4,5 bilhões no trimestre anterior.
Relatos apontam que a Nvidia teria suspendido a produção de seus chips H20, desenvolvidos exclusivamente para o mercado chinês, mas estaria trabalhando em uma nova solução mais potente para o país. Ainda assim, analistas alertam para incertezas: a demanda existe, mas é preciso clareza sobre a posição dos governos envolvidos.
Para o próximo trimestre, a Nvidia deve projetar uma receita de US$ 52,96 bilhões, crescimento anual de 51%, sendo que até US$ 6 bilhões podem vir da China. Contudo, o acordo com o governo americano pode gerar queda entre 5 e 15 pontos percentuais nas margens dos produtos vendidos ao país asiático.
A margem bruta ajustada deve recuar 4 pontos no segundo trimestre, para 72,1%, e mais 2 pontos no terceiro trimestre, ficando em 73,2%.
Apesar das incertezas, a demanda global por chips de IA segue aquecida, com empresas como Meta e Microsoft aumentando investimentos em infraestrutura. Um posicionamento otimista do CEO Jensen Huang pode reacender o entusiasmo do mercado, que recentemente ficou mais cauteloso com o setor.
As ações da empresa subiram mais de 30% em 2025, superando os ganhos de mais de 15% do índice de semicondutores SOX e cerca de 10% do S&P 500. A Nvidia segue como a empresa mais valiosa do mundo.
Nvidia: líder mundial na fabricação de chips gráficos e aceleradores de inteligência artificial, é referência no fornecimento de hardware para grandes centros de dados e treinamentos de modelos avançados. Enfrenta desafios comerciais em meio a tensões geopolíticas entre EUA e China.
Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.
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