O Veo 3 da Google revoluciona a produção audiovisual com IA, reduzindo custos em até 95% e permitindo que qualquer pessoa crie vídeos profissionais com rapidez e baixo investimento.
O Veo 3 da Google revoluciona a produção audiovisual com IA, reduzindo custos em até 95% e permitindo que qualquer pessoa crie vídeos profissionais com rapidez e baixo investimento.
O lançamento do Veo 3 pela Google DeepMind em 2025 está transformando radicalmente a economia da produção de conteúdo audiovisual. Esta ferramenta de inteligência artificial, que gera vídeos em 4K com áudio a partir de comandos de texto, representa uma mudança de paradigma nos custos e processos criativos.
O exemplo mais emblemático do potencial econômico do Veo 3 veio da plataforma de apostas Kalshi, que produziu o primeiro comercial de IA veiculado durante a final da NBA. O anúncio de 30 segundos custou apenas US$ 2 mil e foi produzido em dois dias – uma economia de 95% comparado às produções tradicionais que custam entre 6 a 7 dígitos.
A ferramenta está disponível através da plataforma Flow por assinaturas que variam entre R$ 96,99 (Google AI Pro) e R$ 1.209,90 (Google AI Ultra) mensais – valores insignificantes comparados aos orçamentos tradicionais de produção.
O caso da prefeitura de Ulianópolis (PA) ilustra como pequenas organizações podem acessar qualidade cinematográfica. O videomaker Renato Lopes Ferreira criou um vídeo promocional para o Circuito Cultural de festas juninas com qualidade 4K, processo que tradicionalmente exigiria equipe completa e orçamento substancial.
Veja na íntegra:
Marisa Maiô, personagem criada por Raony Phillips usando Veo 3, tornou-se a primeira influencer virtual brasileira a fechar contratos publicitários reais. A apresentadora fictícia, que satiriza talk shows nacionais vestindo um maiô preto, alcançou mais de 5 milhões de visualizações e atraiu marcas como Magazine Luiza e OLX.
O sucesso de Marisa Maiô demonstra como um criador individual pode gerar conteúdo viral com investimento mínimo. Phillips gastou apenas o valor da assinatura mensal do Veo 3 para criar uma personagem que:
PJ Ace, diretor que criou o comercial da Kalshi, prevê que “vídeos Veo 3 de alta dopamina serão a tendência publicitária de 2025″. Ele visualiza um futuro onde “equipes pequenas fazem conteúdo viral relacionado à marca semanalmente, obtendo 80-90% dos resultados por muito menos dinheiro”.
Isso significa que:
As empresas estão descobrindo que podem:
A democratização traz dilemas econômicos. O caso de Ulianópolis gerou críticas sobre eliminar oportunidades para artistas locais. “Por que não contratam pessoas da cidade pra fazer esse tipo de publicidade?”, questionaram usuários.
A falta de sinalização clara sobre uso de IA pode gerar problemas legais futuros. Embora o Google implemente SynthID (marca d’água digital), nem sempre é perceptível, criando potenciais riscos de compliance.
Apesar das vantagens, o Veo 3 ainda tem limitações que podem impactar orçamentos:
A facilidade de produção está transformando expectativas de mercado. Como observa análise especializada: “A velocidade com que se produz conteúdo nunca foi tão alta, qualquer pessoa com acesso a uma ferramenta de IA pode, literalmente, gerar um ‘programa’ novo por dia”.
O sucesso de Marisa Maiô abre precedente para:
O Veo 3 representa uma disrupção econômica sem precedentes na produção audiovisual. Com reduções de custo de até 95%, como demonstrado pela Kalshi, e casos de sucesso como Marisa Maiô gerando contratos reais, a tecnologia está democratizando acesso à produção de qualidade cinematográfica.
Para empresas, isso significa oportunidades de reduzir drasticamente orçamentos de marketing enquanto mantêm ou aumentam impacto. Para o mercado, representa uma reconfiguração completa dos modelos de negócio tradicionais.
O fenômeno Marisa Maiô prova que criatividade humana combinada com IA pode gerar retorno financeiro real com investimento mínimo, sinalizando que estamos entrando em uma nova era onde qualquer empresa pode produzir conteúdo viral sem os custos proibitivos do passado.
Analista de Dados na Vale, com passagens por Accenture e Semantix. Formado pela FIAP, com especializações em IA pela USP/Esalq e i2a2. Traduzo o impacto da inteligência artificial para além do jargão técnico, conectando tecnologia, negócios e sociedade de forma crítica e acessível.
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