Anthropic exige que usuários decidam se compartilham conversas para treinar inteligência artificial até 28 de setembro.
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Anthropic exige que usuários decidam se compartilham conversas para treinar inteligência artificial até 28 de setembro.
A Anthropic anunciou mudanças significativas em sua política de dados. Usuários dos planos Claude Free, Pro e Max terão até 28 de setembro para decidir se permitem que suas conversas sejam usadas no treinamento de modelos de inteligência artificial. Caso não optem pela exclusão, seus dados poderão ser armazenados por até cinco anos.
Antes, a Anthropic não utilizava dados de chats de consumidores para treinar modelos. Agora, além de coletar conversas, a empresa ampliará o período de retenção de informações. Até então, as interações eram excluídas automaticamente em 30 dias, com exceções para violações de política, que poderiam ser mantidas por até dois anos.
Importante: clientes corporativos — como Claude Gov, Claude for Work, Claude for Education e usuários via API — permanecem fora dessa política, à semelhança da forma como a OpenAI trata contas empresariais.
Segundo a própria Anthropic, ao não optar pela exclusão, usuários estarão “ajudando a melhorar a segurança dos modelos e suas habilidades de análise, raciocínio e programação”. Mas, na prática, a medida atende à necessidade crescente da empresa de obter grandes volumes de dados reais para competir com rivais como Google e OpenAI.
As mudanças reacendem debates sobre transparência e consentimento. O novo design da tela de aceite destaca um grande botão preto “Accept”, enquanto a opção de desativar o compartilhamento de dados aparece em menor destaque, já ativada por padrão. Críticos alertam que muitos podem aceitar sem perceber que estão concordando com o uso de suas informações.
Especialistas em privacidade afirmam que a complexidade desses sistemas torna o “consentimento informado” quase impossível. A FTC, sob o governo Biden, já havia advertido que mudanças ocultas ou mal explicadas em termos de uso podem gerar sanções regulatórias.
As alterações da Anthropic seguem um movimento mais amplo na indústria. A OpenAI, por exemplo, enfrenta uma ordem judicial que obriga a retenção de todas as conversas do ChatGPT — mesmo as deletadas — devido a processos movidos por veículos de imprensa como o New York Times. O episódio expôs como a gestão de dados de IA está cada vez mais sujeita a disputas legais e pressões regulatórias.
O resultado é um cenário de incertezas para usuários comuns, que muitas vezes não percebem que os termos de serviço mudaram. Enquanto isso, as empresas de IA avançam em busca de dados que impulsionem o desenvolvimento de modelos mais sofisticados de inteligência artificial.
Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.
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