DeepMind projeta avanço da inteligência artificial geral e levanta polêmica

Documento de 145 páginas prevê AGI até 2030 e alerta para riscos existenciais, mas especialistas questionam validade científica das premissas.

Inteligência artificial e o futuro da AGI: a DeepMind reacende o debate sobre riscos existenciais ao prever sistemas capazes de superar humanos em tarefas cognitivas ainda nesta década, apesar das críticas da comunidade científica.

A DeepMind, braço de IA do Google, divulgou um documento detalhado sobre sua estratégia de segurança no desenvolvimento da inteligência artificial geral (AGI). A proposta descreve cenários em que a tecnologia atinge capacidades cognitivas humanas, incluindo tarefas complexas não físicas.

Assinado por Shane Legg e outros cofundadores, o relatório projeta que uma AGI com desempenho equivalente ao percentil 99 de adultos altamente qualificados pode emergir até o fim dos anos 2020. Essa visão inclui alertas sobre possíveis danos severos e riscos existenciais.

O documento ainda critica abordagens de rivais como Anthropic e OpenAI, apontando supostas falhas na priorização da segurança e alinhamento ético. Contudo, rejeita a noção de uma superinteligência iminente, alegando que isso exigiria inovações radicais ainda inexistentes.

Entre os cenários considerados possíveis, está o de uma IA que se aprimora por conta própria, num processo de melhoria recursiva. Para a DeepMind, essa hipótese justifica medidas urgentes para evitar abusos e proteger os sistemas onde tais modelos operam.

A publicação, porém, não foi unanimidade. Especialistas como Heidy Khlaaf e Matthew Guzdial questionam a utilidade científica da definição de AGI e a viabilidade de autodesenvolvimento real por modelos atuais. Sandra Wachter, da Universidade de Oxford, alerta sobre problemas mais imediatos, como a reciclagem de dados imprecisos que alimentam modelos com erros repetitivos.

O relatório da DeepMind aprofunda discussões sobre o papel da inteligência artificial na sociedade e os riscos — hipotéticos ou concretos — que envolvem seu avanço acelerado.

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Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Comunicação e Marketing Digital pela HSM University, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.