A DeepMind, divisão de pesquisa em inteligência artificial do Google, revelou o DolphinGemma — um modelo de IA projetado para analisar e simular padrões de comunicação entre golfinhos.

A tecnologia é fruto de uma parceria com o Wild Dolphin Project (WDP), que coleta dados acústicos de golfinhos-pintados-do-Atlântico há décadas.

Construído sobre a arquitetura de modelos abertos Gemma, o DolphinGemma foi desenvolvido para funcionar até em smartphones, como o Pixel 9. A partir deste verão, o WDP utilizará o dispositivo em campo para gerar vocalizações sintéticas e registrar potenciais respostas acústicas dos animais.

Essa nova versão representa um salto em relação aos testes anteriores com o Pixel 6, permitindo rodar simultaneamente o modelo de IA e algoritmos de correspondência de sons, o que melhora a precisão na interação com os golfinhos.

O DolphinGemma utiliza o tokenizador SoundStream para transformar sons em sequências analisáveis, permitindo prever padrões de vocalização. O modelo será integrado à plataforma CHAT (Cetacean Hearing Augmentation Telemetry), voltada à comunicação entre espécies.

Além de sua aplicação prática na pesquisa de campo, o modelo será disponibilizado como open-source, possibilitando que outros cientistas o adaptem a diferentes espécies marinhas.

Combinando tecnologia, ciência de dados e preservação ambiental, o projeto DolphinGemma abre novos caminhos para a compreensão da linguagem da natureza, demonstrando como a inteligência artificial pode criar pontes entre humanos e o mundo animal.

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