Google lança Gemini Deep Think: novo salto em inteligência artificial

Google lança Gemini 2.5 Deep Think, IA com raciocínio paralelo e foco em criatividade e precisão nas respostas.

Modelo Gemini 2.5 Deep Think estreia na corrida da inteligência artificial com assinatura premium e promete avanços em criatividade e planejamento estratégico.

A Google DeepMind anunciou a liberação do Gemini 2.5 Deep Think, seu modelo de inteligência artificial mais avançado em raciocínio. Ele responde perguntas explorando múltiplas ideias simultaneamente, para depois selecionar a melhor resposta.

Usuários da assinatura Ultra, de US$ 250 mensais, terão acesso ao modelo através do aplicativo Gemini a partir de sexta-feira.

Apresentado em maio no Google I/O 2025, o Gemini 2.5 Deep Think é o primeiro modelo multiagente público da Google. Ele mobiliza múltiplos agentes de IA para resolver perguntas em paralelo, exigindo mais recursos computacionais, mas entregando respostas superiores.

Performance de destaque e aplicação acadêmica

Uma variação do modelo foi utilizada para conquistar a medalha de ouro na International Math Olympiad (IMO) deste ano. Agora, esse modelo será compartilhado com matemáticos e acadêmicos selecionados para fomentar pesquisas e melhorar o sistema multiagente.

Segundo a Google, o Gemini 2.5 Deep Think representa uma evolução significativa e emprega técnicas inéditas de reforço para aproveitar melhor suas trilhas de raciocínio.

“Deep Think pode auxiliar em problemas que exigem criatividade, planejamento estratégico e melhorias progressivas”, disse a empresa em seu blog oficial.

Resultados em benchmarks e uso de ferramentas

No exame Humanity’s Last Exam (HLE), que avalia a capacidade da IA em milhares de perguntas interdisciplinares, o modelo atingiu 34,8%, superando concorrentes como o Grok 4 (25,4%) da xAI e o o3 (20,3%) da OpenAI.

O modelo também teve destaque no LiveCodeBench6, uma prova de tarefas de programação competitiva, com 87,6% de acertos — à frente de Grok 4 (79%) e do o3 da OpenAI (72%).

Além disso, o Gemini 2.5 Deep Think utiliza ferramentas como execução de código e Google Search, sendo capaz de produzir respostas mais longas e detalhadas do que modelos tradicionais.

Convergência no uso de sistemas multiagentes

Empresas líderes em IA, como a xAI de Elon Musk e a Anthropic, também estão apostando em modelos multiagentes. O Grok 4 Heavy da xAI e o Research Agent da Anthropic já usam essa abordagem. Até a OpenAI utilizou um sistema semelhante em sua participação na IMO, segundo o pesquisador Noam Brown.

Apesar do desempenho superior, esses modelos têm alto custo de operação. Por isso, empresas estão limitando seu acesso às assinaturas mais caras, como fez a Google agora.

Nas próximas semanas, a Google começará a liberar o acesso ao Gemini 2.5 Deep Think via API para testadores selecionados, buscando entender seu uso por desenvolvedores e empresas.

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Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital e especialista em estratégia, inovação e gestão de projetos. Na Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, desenvolve soluções para fortalecimento institucional. Com passagens por ORO, Agência Open, Brasil84 e VTIC, acumula experiência em marketing digital, branding e transformação digital. Certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, aplica inteligência artificial em design, automação e comunicação. Membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, atua também em projetos sociais e educacionais.