Respostas sugestivas de executivos do Google reacendem especulações sobre uso do Veo 3 na criação de mundos jogáveis. Empresa já investe em simulações interativas com o modelo Genie.
O avanço do Veo 3 indica que a inteligência artificial pode transformar vídeos em experiências jogáveis em breve.
Uma troca de postagens entre executivos do Google despertou especulações sobre o futuro do Veo 3, modelo de IA que gera vídeos realistas a partir de texto. Questionado nas redes sobre quando os usuários poderão transformar vídeos criados com IA em experiências jogáveis, Demis Hassabis, CEO da DeepMind, respondeu: “Now wouldn’t that be something.” A resposta foi seguida por emojis sugestivos de Logan Kilpatrick, da equipe Gemini. A empresa não confirma nada oficialmente, mas o tom das postagens reacendeu um debate estratégico no setor.
Veo 3, ainda em prévia pública, é capaz de gerar vídeos com áudio realista, incluindo narração, diálogos e trilhas sonoras. Seu diferencial está na simulação de movimentos com base em física real, o que o torna ideal para narrativas cinematográficas em jogos — como cutscenes e trailers —, mas ainda não o qualifica como um verdadeiro world model.
Modelos de mundo, ao contrário dos geradores de vídeo, são simulações ativas, capazes de prever mudanças no ambiente com base nas ações de agentes. Eles constituem a espinha dorsal para jogos, simulações e futuros agentes interativos.
O Google já vem investindo nesse campo. Em dezembro, a DeepMind lançou o Genie 2, um modelo que cria mundos jogáveis a partir de uma imagem. Em janeiro, a empresa formou uma equipe dedicada a IA que simula ambientes reais. A expectativa é que uma fusão entre Veo e Genie possa dar origem a um ecossistema híbrido de criação e simulação — capaz de gerar tanto a estética quanto a lógica dos mundos.
Outras empresas também correm por fora: a World Labs, da pesquisadora Fei-Fei Li, já cria cenas 3D a partir de imagens estáticas, enquanto a OpenAI prepara o Sora, seu modelo gerador de vídeo. Microsoft, Runway, Pika e Scenario também exploram diferentes abordagens.
Com base técnica sólida, ambições conhecidas e musculatura financeira de sobra, o Google pode estar pavimentando o caminho para mundos jogáveis criados por IA — e lançando um novo capítulo na convergência entre games, simulações e modelos generativos.
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