Microsoft economiza US$ 500 milhões com inteligência artificial e corta 15 mil empregos

Microsoft economizou mais de US$ 500 milhões com ferramentas de IA em seu call center, enquanto demitia milhares de funcionários em 2025.

Automação com inteligência artificial impulsiona ganhos bilionários, mas levanta preocupações sobre empregos e responsabilidade social.

A Microsoft economizou mais de US$ 500 milhões em 2024 com a adoção de inteligência artificial em seu call center, segundo o chief commercial officer Judson Althoff. A declaração veio poucos dias após a empresa anunciar a demissão de mais 9.000 funcionários, totalizando cerca de 15 mil cortes apenas em 2025.

Durante uma apresentação interna, Althoff destacou os ganhos de eficiência trazidos pela implementação da inteligência artificial em setores como vendas, suporte ao cliente e engenharia de software. Segundo ele, as ferramentas de automação têm potencial para seguir ampliando a produtividade em escala.

Essa declaração ocorreu menos de uma semana após a terceira rodada de demissões no ano, que atingiu equipes de engenharia e a divisão Xbox. A repercussão interna aumentou após Matt Turnbull, produtor do Xbox Game Studios, publicar no LinkedIn uma sugestão para que os demitidos usassem ferramentas com inteligência artificial para lidar com o “cansaço cognitivo” do desemprego. O post foi posteriormente excluído.

Apesar dos cortes, a Microsoft segue registrando resultados históricos. A companhia reportou lucro de US$ 26 bilhões e receita de US$ 70 bilhões no primeiro trimestre de 2025. Com valor de mercado de aproximadamente US$ 3,74 trilhões, a empresa também anunciou um investimento de US$ 80 bilhões em infraestrutura de inteligência artificial, priorizando a contratação de pesquisadores e engenheiros de elite.

Ainda que não haja confirmação de que os cortes estejam diretamente relacionados à automação, a coincidência entre o avanço da AI e os desligamentos levanta questionamentos sobre o futuro do trabalho. O fenômeno se insere em uma tendência mais ampla de substituição de postos operacionais e criativos por soluções automatizadas, impulsionando discussões globais sobre a segurança do emprego e a necessidade de requalificação profissional. Para muitos afetados, essa transição tecnológica desafia o equilíbrio entre eficiência operacional e responsabilidade corporativa.

Com a Microsoft liderando o uso estratégico da AI, o debate sobre seus impactos sociais ganha força — especialmente em tempos de inovações aceleradas e recordes financeiros.

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Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Comunicação e Marketing Digital pela HSM University, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.