NASA e Nvidia mostram como a inteligência artificial acelera descobertas científicas e espaciais com deep learning.
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NASA e Nvidia mostram como a inteligência artificial acelera descobertas científicas e espaciais com deep learning.
A colaboração entre a NASA e a Nvidia mostra como a inteligência artificial está revolucionando a pesquisa científica, da exploração espacial à análise climática na Terra.
O início da jornada da Nvidia com o deep learning surgiu de forma inesperada. Fundada em 1993 como uma empresa de gráficos, a companhia se destacou na criação de processadores de alto desempenho para a indústria de games. Em 2003, um projeto com a NASA — a simulação fotorrealista de Marte — revelou o potencial das GPUs para cálculos científicos complexos, marcando o começo de uma parceria transformadora.
O marco definitivo ocorreu em 2006, com o lançamento da plataforma CUDA, que permitiu usar placas gráficas para aplicações de uso geral. Essa inovação abriu caminho para treinar redes neurais profundas com eficiência inédita e impulsionou a ascensão da inteligência artificial moderna.
O deep learning, uma vertente da inteligência artificial, utiliza redes neurais artificiais de múltiplas camadas para analisar grandes volumes de dados, identificar padrões e tomar decisões de forma autônoma — simulando o aprendizado humano. Desde 2012, quando a rede AlexNet venceu o desafio ImageNet usando GPUs da Nvidia, essa tecnologia tornou-se essencial para avanços em ciência e exploração espacial.
O projeto DeepSat da NASA exemplifica o poder da inteligência artificial aplicada à observação da Terra. Criado para classificar e segmentar imagens de satélite, o sistema analisa dados sobre o ciclo de carbono, padrões de vegetação e mudanças climáticas em escala global.
Com 330 mil imagens de alta resolução e 65 terabytes de dados processados com GPUs Nvidia Tesla, o DeepSat alcançou precisão de 97,95% em suas classificações — superando modelos anteriores em mais de 11%.
Outro marco dessa colaboração foi a detecção de ondas gravitacionais pelo LIGO. Com redes neurais profundas executadas em GPUs Nvidia, pesquisadores do NCSA conseguiram identificar sinais extremamente sutis de colisões de buracos negros a milhões de anos-luz, tornando possível a análise em tempo real e inaugurando a era da astrofísica multimensageira.
A NASA agora promove hackathons anuais para aprimorar modelos de aprendizado profundo e simulações fluidodinâmicas com aceleração GPU. O uso das bibliotecas RAPIDS da Nvidia acelera previsões de qualidade do ar e modelagens químicas atmosféricas.
Segundo David Salvagnini, Chief Data Officer e Chief Artificial Intelligence Officer da NASA, a IA já contribui para a descoberta de exoplanetas, exploração planetária e controle autônomo de rovers em Marte.
A parceria se expandiu para a criação da Open Multimodal AI Infrastructure to Accelerate Science (OMAI), iniciativa da National Science Foundation e Nvidia, com investimento conjunto de US$ 152 milhões para fortalecer a pesquisa científica com modelos abertos de inteligência artificial.
Empresas como Hewlett Packard Enterprise, IBM e SpaceX também colaboram com a NASA e o Departamento de Defesa dos EUA no desenvolvimento de servidores resistentes à radiação e sistemas de computação de bordo para missões espaciais.
De análises climáticas a telescópios inteligentes, a parceria entre a NASA e a Nvidia exemplifica como a inteligência artificial redefine o ritmo da descoberta científica — acelerando nosso entendimento sobre o planeta e o universo.
Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital e especialista em estratégia, inovação e gestão de projetos. Na Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, desenvolve soluções para fortalecimento institucional. Com passagens por ORO, Agência Open, Brasil84 e VTIC, acumula experiência em marketing digital, branding e transformação digital. Certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, aplica inteligência artificial em design, automação e comunicação. Membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, atua também em projetos sociais e educacionais.
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