Netflix aposta em inteligência artificial generativa para acelerar produções e aprimorar o trabalho criativo de cineastas e produtores.
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Netflix aposta em inteligência artificial generativa para acelerar produções e aprimorar o trabalho criativo de cineastas e produtores.
A Netflix reforçou seu compromisso com o uso de inteligência artificial em produções audiovisuais, destacando o papel da tecnologia para aprimorar a criatividade e a eficiência em seus conteúdos originais.
No relatório trimestral divulgado nesta terça-feira (21), a Netflix afirmou estar “muito bem posicionada para aproveitar os avanços contínuos em IA”. Segundo o CEO Ted Sarandos, a empresa vê a inteligência artificial generativa como uma ferramenta para potencializar o trabalho dos artistas, e não substituí-los.
“É preciso um grande artista para criar algo grandioso”, disse Sarandos durante a teleconferência de resultados. “A IA pode oferecer ferramentas melhores para que os criadores aprimorem a experiência audiovisual, mas ela não transforma automaticamente alguém em um grande contador de histórias.”
Em 2025, a Netflix utilizou pela primeira vez a IA generativa em filmagens finais, na série argentina The Eternaut, para criar uma cena de colapso de prédio. Outras produções, como Happy Gilmore 2 e Billionaires’ Bunker, também recorreram à tecnologia para rejuvenescimento de personagens e design de figurinos e cenários durante a pré-produção.
“Estamos confiantes de que a IA vai nos ajudar — e ajudar nossos parceiros criativos — a contar histórias de forma melhor, mais rápida e inovadora”, acrescentou Sarandos. “Estamos totalmente comprometidos com isso, mas não buscamos novidade pela novidade.”
O avanço da inteligência artificial na indústria cinematográfica tem gerado divisões. Enquanto estúdios como a Netflix adotam a tecnologia como ferramenta de suporte, artistas e sindicatos, como a SAG-AFTRA, alertam para riscos de uso indevido e impactos no mercado de trabalho.
A polêmica cresceu após o lançamento do modelo Sora 2, da OpenAI, que permite gerar vídeos realistas sem restrições contra a criação de deepfakes. O ator Bryan Cranston e a SAG-AFTRA pediram medidas mais rígidas de proteção à imagem e identidade dos artistas.
Questionado sobre o impacto de modelos como o Sora no setor, Sarandos afirmou que a tecnologia pode alterar a forma como o conteúdo é criado, mas não ameaça a essência da criatividade humana. “Não estamos preocupados com a substituição da criatividade pela IA”, concluiu.
No trimestre, a Netflix registrou receita de US$ 11,5 bilhões — alta de 17% em relação ao ano anterior, embora abaixo das previsões da empresa. O resultado reflete o foco contínuo da companhia em inovação tecnológica e expansão global, incluindo o uso estratégico da inteligência artificial em seu processo criativo.
Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital e especialista em estratégia, inovação e gestão de projetos. Na Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, desenvolve soluções para fortalecimento institucional. Com passagens por ORO, Agência Open, Brasil84 e VTIC, acumula experiência em marketing digital, branding e transformação digital. Certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, aplica inteligência artificial em design, automação e comunicação. Membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, atua também em projetos sociais e educacionais.
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