OpenAI adia modelo aberto e reacende debate sobre transparência em inteligência artificial

OpenAI anuncia novo adiamento no lançamento de seu modelo aberto, citando necessidade de mais testes de segurança. A liberação de pesos pode ter implicações irreversíveis, afirma Sam Altman.

Lançamento do modelo aberto de inteligência artificial da OpenAI é adiado novamente, enquanto concorrentes avançam com projetos mais transparentes e ambiciosos.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, anunciou um novo adiamento — agora por tempo indeterminado — no lançamento do aguardado modelo aberto da empresa. Originalmente previsto para esta semana, o modelo já havia sido postergado no início do verão. Segundo Altman, a decisão foi tomada para permitir testes adicionais de segurança e revisar áreas consideradas de alto risco.

O modelo aberto seria o primeiro da OpenAI em anos a ter seus pesos disponibilizados publicamente, permitindo que desenvolvedores rodem o sistema localmente. Isso representa um marco importante, especialmente em um momento de competição intensa com empresas como Google DeepMind, Anthropic e xAI.

“Uma vez que os pesos (parâmetros ajustáveis de um modelo de IA) estão públicos, não há como recuar. Isso é novo para nós e queremos acertar em todos os aspectos”, afirmou Altman na plataforma X (antigo Twitter).

O VP de pesquisa da OpenAI, Aidan Clark, reforçou que o modelo é “fenomenal” em termos de capacidade, mas que os padrões da empresa para liberar um modelo de código aberto são extremamente rigorosos. “Queremos lançar algo que nos orgulhe em todos os eixos.”

A decisão acontece na mesma semana em que a Moonshot AI, startup chinesa, lançou o Kimi K2, um modelo com 1 trilhão de parâmetros que superou o GPT-4.1 da própria OpenAI em benchmarks de agentes de código — aumentando a pressão no ecossistema de modelos abertos.

Segundo reportagens anteriores, a OpenAI avalia integrar esse modelo aberto com suas soluções em nuvem para lidar com tarefas mais complexas, mas ainda não está claro se esse recurso será incluído na versão final.

Com a reputação em jogo e os riscos de uso indevido cada vez mais altos, a OpenAI adota uma postura de cautela diante de um mercado que avança com velocidade — e pouca margem para erro. A espera por transparência pode ser longa, mas os impactos de um lançamento precipitado seriam ainda maiores.

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Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Comunicação e Marketing Digital pela HSM University, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.