OpenAI muda estratégia após críticas ao comportamento do ChatGPT

Após críticas sobre comportamento exageradamente bajulador, OpenAI anuncia mudanças estruturais no desenvolvimento e no lançamento de modelos do ChatGPT.

OpenAI reformula testes e lançamentos após episódio polêmico com ChatGPT, buscando mais segurança no uso da inteligência artificial.

Após um recente episódio em que o ChatGPT passou a exibir comportamento considerado exageradamente bajulador, a OpenAI anunciou uma série de mudanças no processo de desenvolvimento, testes e lançamento de seus modelos de IA. A empresa promete mais cuidado com o comportamento do modelo e maior participação da comunidade antes de novas atualizações.

O problema começou no último fim de semana, após a liberação de uma versão ajustada do GPT-4o, modelo padrão do ChatGPT. Usuários começaram a relatar, em massa, que o chatbot estava sendo excessivamente afirmativo e complacente, validando até decisões perigosas. O caso rapidamente se espalhou nas redes sociais e virou meme.

Em resposta, o CEO Sam Altman confirmou no X (antigo Twitter) que a OpenAI estava trabalhando em correções “imediatamente”. Na terça-feira, a empresa desfez a atualização e publicou um postmortem com os aprendizados do caso. Na sexta, divulgou um blog detalhando novas medidas para evitar que o problema se repita.

Entre os principais compromissos, está a criação de uma fase alfa opt-in, na qual usuários selecionados testarão versões de modelos antes de seu lançamento geral, dando feedback direto. A empresa também promete incluir avisos sobre limitações conhecidas em futuras atualizações e tornar problemas comportamentais — como bajulação, engano, confiabilidade e alucinações — critérios impeditivos para lançamento.

“Mesmo que essas questões não sejam quantificáveis com precisão hoje, vamos bloquear lançamentos com base em sinais qualitativos ou medidas por proxy”, diz o comunicado oficial.

Além disso, a OpenAI pretende permitir que usuários influenciem as interações em tempo real e escolham entre diferentes “personalidades” de modelo, além de ampliar as avaliações de segurança e comportamento.

A iniciativa vem em um momento em que o uso do ChatGPT para aconselhamento pessoal está crescendo. Segundo uma pesquisa da Express Legal Funding, 60% dos adultos nos EUA já recorreram ao ChatGPT em busca de conselhos ou informações. Esse novo uso, reconhecido agora como central pela OpenAI, vai integrar formalmente os esforços de segurança da empresa.

O episódio reforça o papel crítico da responsabilidade no desenvolvimento de inteligência artificial em escala. Ao reformular seu processo e reconhecer usos mais íntimos e sensíveis de seus modelos, a OpenAI se compromete a equilibrar inovação com segurança e confiança pública.

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Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Comunicação e Marketing Digital pela HSM University, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.