Com apoio da Microsoft, OpenAI redesenha sua estrutura e o futuro da inteligência artificial

Parceria estratégica: Microsoft apoia transformação da OpenAI e o avanço da inteligência artificial

OpenAI firma acordo preliminar com Microsoft para transformar sua divisão for-profit em uma Public Benefit Corporation, abrindo caminho para novos investimentos e possível abertura de capital.

O acordo com a Microsoft

A OpenAI anunciou um memorando de entendimento (MOU) com a Microsoft, sua maior investidora, que autoriza a startup a converter sua divisão com fins lucrativos em uma Public Benefit Corporation (PBC). Esse movimento permitirá que a empresa levante capital adicional e, futuramente, abra capital na bolsa.

De acordo com Bret Taylor, presidente do conselho da OpenAI, a entidade sem fins lucrativos continuará existindo e manterá controle sobre as operações. Essa estrutura permitirá que a fundação tenha uma participação avaliada em mais de US$ 100 bilhões na nova PBC.

Impacto estratégico e tensões recentes

A parceria com a Microsoft, firmada inicialmente em 2019, garantiu acesso preferencial à tecnologia da OpenAI e uso do Azure como provedor principal de nuvem. Porém, com o crescimento exponencial do ChatGPT, a startup buscou maior independência, assinando contratos bilionários com a Oracle (US$ 300 bilhões em poder computacional a partir de 2027) e unindo-se à SoftBank no projeto de data centers Stargate.

A transição para PBC também marca o fim de meses de tensões com a Microsoft. Houve divergências sobre propriedade intelectual em negociações envolvendo a startup de código Windsurf, que acabou sendo adquirida por outros players, como Google e Cognition.

Desafios legais e críticas externas

A mudança acontece sob forte escrutínio regulatório nos estados da Califórnia e Delaware, que ainda precisam aprovar a transição. Além disso, o processo é alvo de críticas: Elon Musk, em processo judicial contra a OpenAI, acusa a empresa e seus líderes de abandonarem a missão original de IA para benefício da humanidade. Musk chegou a propor uma aquisição de US$ 97 bilhões, rejeitada pelo conselho.

Organizações como a Encode e The Midas Project também expressaram preocupações, alegando que a mudança compromete os princípios éticos da OpenAI. A startup, por sua vez, afirma que alguns desses grupos seriam financiados por concorrentes como Musk e Mark Zuckerberg.

O futuro da OpenAI

Caso aprovado, o novo modelo de governança permitirá que a OpenAI combine a captação de recursos do mercado com sua missão declarada de desenvolver IA geral (AGI) que beneficie a humanidade. O movimento também prepara terreno para uma eventual oferta pública de ações (IPO), que poderia consolidar a posição da empresa no centro da corrida global pela inteligência artificial.

Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.