Google lança Gemini CLI, ferramenta de IA open source para terminais que conecta modelos da linha Gemini a fluxos de desenvolvimento locais.
Google lança Gemini CLI, ferramenta de IA open source para terminais que conecta modelos da linha Gemini a fluxos de desenvolvimento locais.
O Google anunciou nesta quarta-feira (25 de junho) o lançamento do Gemini CLI, ferramenta de IA generativa que roda localmente no terminal e permite interações em linguagem natural com bases de código locais. A solução, de código aberto, amplia a presença dos modelos Gemini entre desenvolvedores e busca competir com ferramentas como Codex CLI (OpenAI) e Claude Code (Anthropic).
Com o Gemini CLI, programadores podem pedir à IA que explique trechos complexos de código, corrija bugs, escreva novas funcionalidades ou execute comandos — tudo diretamente via terminal, sem depender de interface gráfica. A proposta é integrar IA diretamente no fluxo de desenvolvimento real, onde muitos engenheiros já operam.
Embora seu uso principal seja voltado à programação, o Gemini CLI também permite a geração de vídeos (via modelo Veo 3), produção de relatórios (com o agente Deep Research) e buscas com dados em tempo real via Google Search. A ferramenta também pode se conectar a servidores MCP e bancos de dados externos.
Segundo o Google, a ferramenta foi lançada como open source sob licença Apache 2.0, com o objetivo de incentivar a adoção e colaboração ativa da comunidade de desenvolvedores. O código estará disponível no GitHub e, segundo a empresa, já conta com limites de uso generosos: 60 requisições por minuto e até 1.000 por dia — o dobro do padrão anterior.
O lançamento vem no embalo do sucesso do Gemini 2.5 Pro, que se tornou uma das versões preferidas entre desenvolvedores desde abril. Com isso, o Google tenta consolidar produtos próprios frente ao crescimento de ferramentas de terceiros como GitHub Copilot e Cursor.
Apesar do entusiasmo, o uso de IA na programação ainda levanta questões: segundo o Stack Overflow, apenas 43% dos desenvolvedores confiam totalmente na precisão das respostas de IAs. Estudos apontam que modelos podem introduzir erros ou não identificar falhas de segurança de forma consistente.
Ao abrir o código e colocar o Gemini diretamente no terminal, o Google reforça sua ambição de tornar a IA um componente nativo da rotina de desenvolvimento — e disputa com OpenAI e Microsoft um dos terrenos mais valiosos da nova era da computação: o fluxo de trabalho do programador.
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