Inovação da IBM: chip analógico promete tornar a inteligência artificial mais eficiente

IBM Research lança chip analógico de inteligência artificial com alta eficiência e precisão em aprendizado profundo.

A inteligência artificial dá um novo salto com o chip analógico da IBM Research, projetado para executar redes neurais profundas com alta precisão e baixo consumo de energia.

Um avanço em eficiência para o aprendizado profundo

A IBM Research revelou um chip analógico de IA que redefine os padrões de eficiência energética e desempenho em cálculos complexos para redes neurais profundas (DNNs). Publicado na revista Nature Electronics, o estudo marca um importante avanço na busca por computação de alto desempenho e baixo consumo energético em aplicações de inteligência artificial.

Os sistemas digitais tradicionais enfrentam limitações devido à necessidade constante de transferência de dados entre memória e unidades de processamento, o que reduz a eficiência e aumenta o consumo energético. O novo chip da IBM resolve esse desafio ao adotar uma arquitetura analógica baseada em memória de mudança de fase (Phase-Change Memory – PCM), inspirada no funcionamento do cérebro humano.

Como funciona o chip analógico de IA

O chip é composto por 64 núcleos analógicos de computação em memória, cada um integrando uma matriz de sinapses com conversores analógico-digitais e unidades digitais responsáveis por funções neurais não lineares. Essa abordagem permite que os cálculos sejam realizados diretamente na memória, eliminando o gargalo de transferência de dados e otimizando o consumo de energia.

Os dispositivos PCM ajustam sua condutância por meio de pulsos elétricos, armazenando pesos sinápticos com valores contínuos. Esse método reduz a necessidade de movimentação de dados e aumenta significativamente a eficiência computacional.

Resultados e impacto na computação de IA

Nos testes realizados, o chip alcançou uma precisão de 92,81% no conjunto de dados CIFAR-10, um recorde para chips analógicos de IA. A métrica de desempenho por área (GOPS/área) demonstrou uma eficiência computacional superior à de chips de computação em memória anteriores.

Com sua arquitetura inovadora e consumo energético reduzido, o chip analógico da IBM estabelece um novo marco na evolução do hardware de inteligência artificial, abrindo caminho para aplicações mais sustentáveis e acessíveis em larga escala.

O futuro da IA energética e acessível

Segundo a IBM Research, o avanço representa um passo crucial rumo a uma nova geração de chips que combinam eficiência energética e alto desempenho, potencializando o desenvolvimento de tecnologias de IA em setores como automação, robótica, edge computing e análise de dados.

Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital e especialista em estratégia, inovação e gestão de projetos. Na Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, desenvolve soluções para fortalecimento institucional. Com passagens por ORO, Agência Open, Brasil84 e VTIC, acumula experiência em marketing digital, branding e transformação digital. Certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, aplica inteligência artificial em design, automação e comunicação. Membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, atua também em projetos sociais e educacionais.