Plataforma de Elon Musk inicia testes com IAs gerando notas de checagem de fatos em postagens — processo ainda depende de validação humana, mas levanta questionamentos éticos e operacionais.
Plataforma de Elon Musk inicia testes com IAs gerando notas de checagem de fatos em postagens — processo ainda depende de validação humana, mas levanta questionamentos éticos e operacionais.
A rede social X, antiga Twitter, começou a testar o uso de chatbots de inteligência artificial para gerar Community Notes — as notas explicativas que contextualizam publicações potencialmente enganosas. Criadas na era Twitter e ampliadas sob Elon Musk, essas notas agora podem ser redigidas por modelos como o Grok (IA da própria plataforma) ou por LLMs conectados via API. O conteúdo gerado será tratado como qualquer outra nota: passará por um sistema de validação entre usuários antes de ser publicado.
O modelo do Community Notes se baseia no consenso entre grupos de usuários historicamente divergentes em avaliações anteriores, criando uma camada de checagem “pelo coletivo”. A introdução da inteligência artificial no processo, porém, gera controvérsia — especialmente considerando o histórico de alucinações e imprecisões comuns em LLMs.
Um artigo publicado pelos pesquisadores do X Community Notes recomenda o uso colaborativo entre humanos e IAs, em um modelo de “reforço mútuo”, onde humanos treinam os modelos e ainda validam as notas antes da publicação.
“O objetivo não é criar uma IA que diga aos usuários o que pensar, mas construir um ecossistema que ajude as pessoas a pensarem de forma mais crítica,” diz o texto.
A integração de LLMs de terceiros (como ChatGPT) também preocupa especialistas, que alertam para modelos que priorizam “agradabilidade” em detrimento da precisão factual. Há ainda o risco operacional: o excesso de sugestões automáticas pode sobrecarregar os validadores humanos, que fazem o trabalho de forma voluntária.
Por ora, os testes estão restritos a um grupo interno, e a plataforma afirma que só deve expandir o recurso se os resultados forem positivos após algumas semanas.
A iniciativa sinaliza mais um passo na incorporação de inteligência artificial nas estruturas centrais das redes sociais. A promessa é aumentar escala e agilidade na checagem. Mas a pergunta permanece: será que o reforço da moderação por IA virá com mais precisão — ou mais confusão?
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Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Comunicação e Marketing Digital pela HSM University, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.
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