Destaques da Semana 14 de Julho de 2025

Destaques da Semana AI Business Journal – Seu resumo semanal de tecnologia e inteligência artificial

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Charge criada no Midjourney com base nos destaques da semana das notícias de inteligência artificial mais relevantes.

Bem-vindo ao AI Business Journal. Hoje é 14 de julho de 2025, e aqui está o que você precisa saber sobre os principais movimentos do mercado e as notícias de inteligência artificial mais relevantes no mundo. Clique em seguir no spotify e receba sempre na íntegra os destaques da semana. Nesta edição, reunimos os destaques que marcaram a semana — avanços tecnológicos, estratégias de gigantes do setor, impacto econômico e mudanças geopolíticas que moldam o futuro da IA.

1. Apple perde líder de IA para o Meta

Ruoming Pang, principal executivo de modelos de IA da Apple, anunciou sua saída no dia 7 de julho para integrar o novo “Meta Superintelligence Labs”. Seu pacote de remuneração milionário reflete a intensa disputa por talento no setor, onde empresas estão dispostas a gastar fortunas para obter os melhores especialistas

O laboratório do Meta, liderado por Alexandr Wang, visa acelerar o desenvolvimento de IA avançada, intensificando a competição com OpenAI, Anthropic e outros. A contratação de Pang sinaliza um forte investimento estratégico em pesquisa e tecnologia de fronteira

A saída agrava o desafio da Apple, que segue com esforços mais discretos em IA. Internamente, a empresa enfrenta pressão para intensificar suas iniciativas e reter recursos-chave .

Analistas avaliam que a movimentação reforça a posição do Meta como um polo crescente de inovação em IA, capaz de atrair profissionais de elite e consolidar sua relevância no ecossistema global .

A migração de executivos de peso também ativa alertas em outras afiliadas do Vale do Silício, temerosas com perda de expertise para rivais dispostos a elevar seu patamar de investimento.

2. Capgemini compra WNS por US$3,3 bi para expandir IA

Em 7 de julho, a Capgemini anunciou a aquisição da WNS por US$3,3 bilhões, com o objetivo claro de reforçar suas ofertas de IA. A operação, realizada em dinheiro e sem dívida, permitirá à empresa francesa ampliar sua consultoria de automação empresarial

O negócio inclui capacidades avançadas de IA generativa e agentes autônomos, facilitando a transformação digital de clientes nos Estados Unidos e Reino Unido, com cross-selling imediato.

Segundo o CEO Aiman Ezzat, a compra agrega tecnologias de outsourcing resiliente e margens robustas, posicionando a Capgemini para capitalizar a onda de digitalização no BPO.

Esperava-se que transação fosse concluída até o fim de 2025, com impacto imediato no lucro operacional e retorno aos acionistas .

Contudo, a reação do mercado foi mista: ações recuaram 5%, com analistas sinalizando preocupação sobre a alavancagem financeira e o efeito de IA na estrutura tradicional de pessoal .

3. Huawei nega plágio em modelo Pangu

O laboratório Noah Ark da Huawei rebateu acusações feitas em estudo do GitHub, publicado em 7 de julho, de que o modelo Pangu Pro Moe copiaria elementos técnicos do Qwen 2.5 da Alibaba

A empresa explicou que o desenvolvimento foi totalmente interno, com arquitetura própria, e é o primeiro modelo em larga escala projetado para depender dos chips Ascend.

Ainda segundo o comunicado, o Pangu seguiu rigorosamente as licenças open-source durante seu treinamento, sem incorporar incrementalmente o Qwen .

A discussão destaca tensões no setor chinês sobre originalidade e IP, já que outros modelos como o DeepSeek R1 também despertaram atenção inesperada.

O desfecho dessa controvérsia pode influenciar a confiança da comunidade de desenvolvedores e o posicionamento da Huawei no mercado internacional de IA.

4. Estudo revela IA pode atrasar programadores experientes

Uma pesquisa publicada em 10 de julho pela METR mostrou que desenvolvedores seniores gastam em média 19% mais tempo ao usar IA assistiva em códigos familiares

O desempenho inferior é atribuído ao esforço extra na revisão de sugestões incorretas, apagando parte dos ganhos iniciais na digitação .

Apesar disso, os programadores relataram aumento na satisfação e fluidez de trabalho, comparável a editar um texto em vez de escrever do zero .

Especialistas recomendam treinamento específico e integração adequada dessas ferramentas para equilibrar eficiência e precisão no desenvolvimento .

Esse resultado desafia a ideia de que a IA acelera automaticamente a codificação, ressaltando a necessidade de ajustes operacionais nas empresas.

5. BRICS pedem proteção a dados contra uso indevido por IA

Durante a cúpula em 6 de julho, os líderes dos BRICS defenderam proteções mais rígidas contra coleta excessiva de dados por sistemas de IA, exigindo mecanismos de compensação justa para criadores de conteúdo.

O tema ganhou destaque em meio à preocupação crescente com a hegemonia de big techs, acusadas de usar trocas comerciais bloqueadas para treinar algoritmos sem pagar direitos autorais.

O documento preliminar enfatizava a necessidade de um quadro equitativo de governança global, capaz de proteger dados pessoais e promover justiça entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

O bloco busca estabelecer uma agenda comum nas negociações internacionais, pressionando por acordos multilaterais que incluam cláusulas de remuneração obrigatória.

Esse movimento pode acelerar negociações globais sobre ética e direitos em IA, impactando legislações futuras.

6. ONU alerta para deepfakes em eleições e finanças

Em 11 de julho, a Organização das Nações Unidas divulgou um relatório alertando sobre o crescente risco dos deepfakes em períodos eleitorais e mercados financeiros.

Recomendou a adoção de selos digitais, mecanismos de verificação automatizada e cooperação publico-privada para detectar conteúdos falsos e preservar a confiança pública.

O documento citou queda na confiança em redes sociais como um efeito direto da desinformação impulsionada por IA .

Especialistas veem necessidade de normas globais, pois deepfakes podem penetrar sistemas financeiros, influenciar eleições e desestabilizar democracias .

Governos e plataformas digitais são chamados a agir rapidamente, adotando tecnologias e regulamentos para evitar danos irreversíveis.

7. Comissão Europeia mantém cronograma do AI Act

Em 4 de julho, a Comissão Europeia confirmou que o AI Act seguirá conforme previsto, com regras gerais para IA geral entrando em agosto de 2025 e normas para sistemas de alto risco em agosto de 2026

Apesar de pedidos de pause por empresas como Alphabet, Meta, Mistral e ASML, o porta-voz Thomas Regnier reforçou que os prazos são legais e vinculantes.

Para aliviar o impacto, Bruxelas planeja propostas ainda este ano para simplificar obrigações digitais para pequenas empresas.

O AI Act representa um marco global em regulamentação de IA, combinado com os esforços dos BRICS, mas exige equilíbrio entre segurança e inovação .

A próxima fase exigirá adaptação de corporações e startups europeias, com eventuais protestos de entidades que alegam custos elevados de compliance.

8. Nvidia confirma briefing em Pequim, apesar de tensões Estados Unidos-China

Em 13 de julho, a Nvidia anunciou oficialmente que Jensen Huang fará coletiva em Pequim em 16 de julho — sua segunda visita à China em 2025.

O mercado chinês é estratégico, respondendo por US$17 bilhões (13% da receita), mas enfrenta restrições americanas à exportação de chips avançados, incluindo o banimento do H20.

O CEO norte-americano também foi alertado por senadores para evitar reuniões com entidades militares ou de inteligência chinesas

Apesar da concorrência de players como Huawei, a plataforma CUDA mantém a Nvidia em alta demanda no país.

Com valor de mercado acima de US$4 trilhões, o resultado desse evento pode influenciar sua posição em um cenário geopolítico delicado.

9. X-AI avaliado entre US$170–200 bi em nova rodada

Fontes indicam que a empresa de Elon Musk, busca uma rodada de investimentos com valuation estimado entre US$170 e 200 bilhões, segundo o Financial Times

O Fundo Soberano da Arábia Saudita deve liderar a operação, refletindo interesse geopolítico e potencial energético para expansão da empresa .

Apesar de Musk afirmar que não precisa de capital imediato, a companhia já levantou US$10 bilhões (dívida e equity), com planos de investir US$18 bilhões em data centers

A projeção é de decidir cerca de US$13 bilhões em receita anual até 2029 e faturar US$1 bilhão ainda em 2025

Essa movimentação indica ambições de longo prazo para disputar com rivais como OpenAI e fortalecer o ecossistema AI de Musk, incluindo integrações com a plataforma X.

10. Trump oferece pacote de ações para impulsionar IA

Embora tenha sido divulgada em junho, as propostas da administração Trump ainda repercutem; ele planeja ações executivas para facilitar a expansão da infraestrutura de IA nos Estados Unidos

Medidas incluem agilização de conexões da rede elétrica, liberação de terras federais para data centers e licenças unificadas sob a Clean Water Act

O plano integral de IA deveria ser anunciado oficialmente em 23 de julho, batizado de “AI Action Day”

O objetivo é alimentar a corrida tecnológica com a China, reduzindo barreiras regulatórias e promovendo parcerias com OpenAI, SoftBank e Amazon

Estimações projetam demanda de energia crescendo cinco vezes até 2029 e trinta vezes até 2035, pressionando o setor de energia a se adaptar rapidamente às necessidades da IA

Essas foram as principais notícias sobre tecnologia, inteligência artificial e o cenário global. Para acompanhar tudo em tempo real, acesse aibusinessjournal.com.br e fique por dentro do que realmente movimenta o mundo e a economia. Nosso resumo semanal vai ao ar toda segunda-feira, às 4h30 da manhã, no Spotify e no YouTube. E claro — assine a newsletter para receber os destaques direto no seu e-mail e estar sempre um passo à frente no mercado com notícias e análises de especialistas!

Paulo Junio

Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Comunicação e Marketing Digital pela HSM University, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.