Mirage (ex-Captions) aposta em inteligência artificial para gerar vídeos curtos e avatares para marcas e criadores.
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Mirage (ex-Captions) aposta em inteligência artificial para gerar vídeos curtos e avatares para marcas e criadores.
Inteligência artificial é o núcleo da nova fase da antiga Captions: rebatizada como Mirage, a empresa passa de ferramenta para criadores a um laboratório de pesquisa em modelos multimodais voltados a vídeos curtos (TikTok, Reels, Shorts) e produção publicitária.
A mudança de nome consolida dois produtos sob uma marca única: a plataforma original voltada a criadores e o recém-lançado Mirage Studio, direcionado a marcas e agências. O objetivo é acelerar pesquisa e desenvolvimento de modelos de base (foundational models) otimizados para o formato curto de vídeo — com ênfase em naturalidade de fala, expressões faciais e movimentos dos avatares.
O Mirage Studio permite que equipes de marketing criem anúncios curtos a partir de insumos simples, como um arquivo de áudio ou uma selfie. A plataforma gera o vídeo completo, incluindo cenários e avatares que, segundo a empresa, não dependem de banco de imagens, clonagem de voz nem simples lip-syncing. O plano empresarial custa US$ 399/mês por 8.000 créditos, com desconto inicial de 50% para novos clientes.
Mirage afirma usar modelos proprietários que focam em multimodalidade para vídeo curto — ou seja, arquiteturas treinadas especificamente para sincronizar áudio, movimento e expressões em clipes de poucos segundos. Esse foco contrasta com players que adaptam modelos gerais para vídeo; a proposta da Mirage é construir tecnologia de base especializada que gere resultados mais naturais e consistentes para anúncios e conteúdo curto.
No mercado, a Mirage compete com empresas como D-ID, Synthesia e Hour One. O diferencial reivindicado pela Mirage é a ênfase em modelos multimodais para formatos rápidos e alta fidelidade expressiva dos avatares, além da integração entre plataforma criativa e estúdio para marcas.
A automação de produção de vídeo tem potencial para reduzir custos e tempo de produção — mas também levanta preocupações sobre efeitos na força de trabalho criativa. A tecnologia facilita a substituição de funções que hoje dependem de atores, diretores de cena e equipes técnicas. Além disso, o avanço na naturalidade de avatares intensifica os riscos de deepfakes e desinformação.
Em comunicado e em post no blog, a Mirage reconheceu os riscos e descreveu medidas de mitigação: bloqueio de usos que impersonem indivíduos sem consentimento, requisitos de verificação de autorização para uso de semelhança de pessoas e filtros automáticos para detecção de tentativas de abuso. A empresa também defende o desenvolvimento de uma “alfabetização midiática” para que consumidores aprendam a avaliar criticamente conteúdos gerados por IA.
Além do modelo de assinatura do Mirage Studio, a empresa mantém produtos direcionados a criadores (captions/edição) que seguem como oferta integrada. A estratégia é capturar tanto a demanda de criadores quanto contratos empresariais de produção publicitária de baixo custo. O plano de preços e o desconto de entrada indicam foco em trial comercial rápido para adoção por marcas pequenas e médias.
Empresa: Mirage (ex-Captions)
Produto / serviço: Plataforma de criação + Mirage Studio (produção de anúncios com IA)
Área: Vídeo curto e publicidade com inteligência artificial
Objetivo: Desenvolver modelos multimodais especializados para gerar avatares e vídeos curtos de alta fidelidade
Status: Rebrand anunciado; Mirage Studio disponível para empresas (US$ 399/mês para 8.000 créditos)
Desafios: Impacto na força de trabalho criativa, riscos de deepfakes, necessidade de governança e moderação
Do ponto de vista do mercado, é essencial acompanhar três vetores: (1) a adoção do Mirage Studio por marcas e agências; (2) a evolução das salvaguardas anti-impersonação e de moderação; e (3) a resposta de concorrentes e criadores diante da automação de produção. Se Mirage conseguir combinar qualidade perceptível com políticas robustas, pode se tornar um player central no ecossistema de vídeo curto com IA — mas o caminho exige transparência técnica e responsabilidade ética.
Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital, especializado em planejamento estratégico, inovação e gestão de projetos. Atua na área de Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, onde desenvolve e implementa soluções criativas para fortalecimento institucional e relacionamento com o público. Com uma trajetória sólida em marketing digital, Paulo acumulou experiências em empresas como ORO, Agência Open, Brasil84 Comunicação e VTIC, liderando equipes multidisciplinares e conduzindo projetos com foco em performance, posicionamento de marca e transformação digital. Entusiasta das novas tecnologias, tem se dedicado à aplicação prática da Inteligência Artificial em ambientes criativos e de gestão. É certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, com foco em IA aplicada ao design, branding e automação de processos, ampliando seu repertório estratégico para entregar soluções mais inovadoras e eficientes. Além de sua atuação profissional, é membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, exercendo funções de liderança em iniciativas sociais, educacionais e filantrópicas. Suas principais competências envolvem estratégia digital, branding, IA aplicada à comunicação, marketing de impacto e gestão de projetos ágeis.
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