Em evento ao vivo, CEO da OpenAI confronta o The New York Times sobre processo de uso de dados e privacidade de usuários no ChatGPT. Caso expõe fricção crescente entre mídia e IA.
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Em evento ao vivo, CEO da OpenAI confronta o The New York Times sobre processo de uso de dados e privacidade de usuários no ChatGPT. Caso expõe fricção crescente entre mídia e IA.
O embate entre imprensa e Big Tech ganha novo capítulo, com Sam Altman confrontando o New York Times ao vivo e reacendendo o debate sobre privacidade, direitos autorais e o papel da inteligência artificial na sociedade.
Durante uma gravação ao vivo do podcast Hard Fork, da New York Times e Platformer, o CEO da OpenAI, Sam Altman, surpreendeu ao criticar abertamente o jornal norte-americano — seu próprio anfitrião — por conta do processo movido contra a OpenAI e a Microsoft. No centro da discussão está o uso de artigos protegidos por copyright para treinar modelos de inteligência artificial e a exigência de preservação de dados privados dos usuários.
Altman não esperou a primeira pergunta para se posicionar. “Vocês vão falar sobre onde nos processam porque não gostam de como lidamos com a privacidade dos usuários?”, disparou o executivo. A crítica foi motivada por um pedido recente dos advogados do NYT no qual exigem que a OpenAI preserve dados de usuários do ChatGPT, mesmo aqueles em modo privado.
“Adoramos o New York Times, mas esse ponto nos pegou forte”, afirmou. Ele acusou o jornal de comprometer a promessa de confidencialidade aos usuários. Os jornalistas Kevin Roose (NYT) e Casey Newton (Platformer) evitaram comentários, alegando conflito de interesses.
A tensão com publishers não é exclusiva do Times. Várias empresas de mídia, incluindo The Guardian, News Corp, Vox e Daily Mail, já processaram OpenAI, Anthropic, Meta e Google pela extração de conteúdo sem autorização para treinar modelos. Uma recente vitória judicial da Anthropic nos EUA, que classificou o uso de livros como legal em determinados contextos, pode ter encorajado Altman e sua equipe a adotar um tom mais combativo.
Outro momento de fricção foi a menção à disputa de talentos com o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, que teria oferecido pacotes de US$ 100 milhões para recrutar engenheiros da OpenAI. Quando perguntado se o rival acredita mesmo em superinteligência, Brad Lightcap, COO da empresa, ironizou: “Acho que o Zuckerberg acredita que ele é superinteligente.”
Também houve tempo para abordar temas sensíveis: Altman comentou casos recentes de usuários instáveis mentalmente que usaram o ChatGPT para discussões delicadas, como teorias da conspiração ou suicídio. Afirmou que a empresa tenta cortar essas conversas cedo e redirecionar para serviços de apoio — mas admitiu que ainda não sabem como atingir “usuários à beira de um colapso psicótico”.
Em um momento em que o setor de inteligência artificial enfrenta disputas legais, guerras de talentos e desafios éticos, a performance de Sam Altman ao vivo reforça que a batalha pelo futuro da IA está sendo travada também nos palcos da opinião pública.
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Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital e especialista em estratégia, inovação e gestão de projetos. Na Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, desenvolve soluções para fortalecimento institucional. Com passagens por ORO, Agência Open, Brasil84 e VTIC, acumula experiência em marketing digital, branding e transformação digital. Certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, aplica inteligência artificial em design, automação e comunicação. Membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, atua também em projetos sociais e educacionais.
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