Fintech mais valiosa do mundo busca autorização para processar seus próprios pagamentos, evitando interrupções como a saída abrupta de parceiros bancários. Licença não inclui captação de depósitos nem oferta direta de serviços bancários ao público.
Stripe solicita licença bancária nos EUA para operar infraestrutura própria de pagamentos com suporte à inteligência artificial
A Stripe, gigante global de infraestrutura de pagamentos, protocolou um pedido formal de licença bancária nos Estados Unidos. O objetivo, porém, não é virar um banco tradicional, mas obter autorização para processar diretamente seus próprios pagamentos — estratégia que envolve o uso de inteligência artificial para ampliar eficiência e reduzir riscos operacionais.
O pedido é o primeiro do tipo feito pela fintech e visa conceder à Stripe o direito de atuar como emissora de seus próprios BINs (Bank Identification Numbers), conectando-se diretamente às redes Visa e Mastercard sem mediação de bancos parceiros. Importante: a licença não permite a captação de depósitos nem a concessão de crédito.
Segundo fontes próximas, a decisão visa mitigar riscos após o Wells Fargo — parceiro anterior — deixar o mercado de patrocínio de BINs. Com uma infraestrutura própria, a Stripe aumenta sua resiliência e ganha maior controle sobre seus fluxos críticos de pagamento.
A fintech já opera com autonomia em mercados como o Reino Unido, onde é membro direto das redes de pagamento. O movimento nos EUA é considerado parte de uma reconfiguração silenciosa da infraestrutura financeira moderna, impulsionada por tecnologias como inteligência artificial, que permitem operar sistemas complexos com maior agilidade e menor custo.
A expectativa é que a licença seja concedida até o terceiro trimestre de 2025. Caso aprovada, marcará um novo capítulo na consolidação da Stripe como player de infraestrutura — onde deter o domínio tecnológico da rede pode ser mais estratégico do que ser, de fato, um banco.
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