Documento de 145 páginas prevê AGI até 2030 e alerta para riscos existenciais, mas especialistas questionam validade científica das premissas.
Brasil ultrapassa 15 milhões de MEIs e impulsiona nova onda de empreendedorismo digital com novas empresas de inteligência artificial
O Brasil atingiu um marco inédito em 2024: mais de 15 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) ativos, de acordo com dados do Governo Federal. Esse crescimento reflete a combinação entre desemprego estrutural, informalidade persistente e digitalização crescente dos serviços — e tem gerado impacto direto no ecossistema de negócios voltados ao empreendedorismo de base.
Com um cenário econômico incerto e o fortalecimento das plataformas digitais, a formalização via MEI tornou-se uma porta de entrada para milhões de brasileiros. Nos três primeiros meses de 2024, o país registrou mais de 750 mil novos MEIs, número que representa um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo especialistas do Sebrae e de fintechs, o novo microempreendedor é majoritariamente jovem, conectado e altamente digital. Ferramentas como Instagram, WhatsApp Business e marketplaces como Shopee e Mercado Livre são os principais canais para a operação de negócios nas áreas de beleza, alimentação, serviços domésticos e marketing digital.
Esse crescimento traz desafios e oportunidades. Acesso a crédito, capacitação em gestão e educação financeira são lacunas que demandam soluções práticas — abrindo espaço para startups e grandes empresas que desejam atuar com esse público.
“Há uma nova classe de empresários emergindo no país, e o ecossistema precisa acompanhar. Desde crédito mais acessível até soluções de contabilidade e marketing, é um mercado que pede inovação e suporte”, destaca Carla Gomes, consultora do setor.
Além das fintechs e edtechs, empresas que oferecem automação, suporte jurídico e soluções SaaS específicas para microempreendedores têm ampliado sua atuação, com crescimento consistente de dois dígitos ao ano.
Esse novo cenário representa uma revolução silenciosa no mercado de trabalho brasileiro. Em meio à ascensão da inteligência artificial e à digitalização acelerada, transformar esse movimento em negócios sustentáveis será o desafio — e a oportunidade — para os próximos anos.
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