Startup por trás da Devin, IA viral de programação, lança versão acessível por US$ 20 para ampliar base de usuários após nova rodada de investimentos.
Cognition torna inteligência artificial Devin mais acessível com novo plano de entrada
A Cognition, startup responsável pela inteligência artificial Devin, anunciou nesta quinta-feira (11) um novo plano de acesso à ferramenta, agora por US$ 20, seguido de cobrança por uso. A medida representa uma mudança importante na estratégia da empresa, que antes oferecia o serviço apenas por meio de assinatura mensal de US$ 500. O anúncio ocorre após a captação de centenas de milhões de dólares em investimentos de risco.
Lançada no ano passado, Devin ganhou notoriedade nas redes sociais por sua habilidade de executar tarefas básicas de desenvolvimento de software de forma autônoma. Apesar das limitações em tarefas mais complexas, a IA recebeu elogios de figuras influentes do setor, como Aravind Srinivas, CEO da Perplexity, fortalecendo a presença da Cognition no mercado de inteligência artificial aplicada à engenharia de software.
O novo plano oferece cerca de 9 “ACUs” (Unidades de Computação Ativa) por US$ 20, o que equivale a aproximadamente 2,25 horas de uso da Devin, segundo estimativas da empresa. Após esse limite, o modelo de cobrança passa a ser sob demanda, com custo de US$ 2,25 por ACU — superior ao valor por unidade no plano completo, que é de US$ 2.
A nova versão da IA, chamada Devin 2.0, incorpora avanços significativos em comparação à primeira geração. Inspirada no GitHub Copilot, ela agora é capaz de gerar planos de desenvolvimento, responder dúvidas com citações de código e até produzir wikis com documentação automatizada.
Silas Alberti, membro da equipe da Cognition, afirmou ao TechCrunch que a nova versão “realiza o dobro de trabalho da anterior”. Apesar disso, testes independentes indicam limitações: uma análise recente mostrou que a IA conseguiu concluir com sucesso apenas 3 de 20 tarefas propostas.
Com a redução da barreira de entrada, a Cognition pretende atrair desenvolvedores independentes e equipes menores. Resta saber se a nova estratégia será capaz de converter um produto promissor, mas ainda inconsistente, em uma solução confiável e escalável a longo prazo.
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