Google transforma buscas em áudio com novo recurso de inteligência artificial

Google testa recurso de áudio com resumos gerados por IA para facilitar buscas em modo mãos-livres. Ferramenta é integrada ao Labs e usa modelos Gemini.

O Google está testando um novo recurso chamado Audio Overviews, que transforma respostas de buscas no Search em resumos em áudio gerados por inteligência artificial. A funcionalidade, lançada nesta sexta-feira (13) dentro do programa experimental Labs, utiliza os modelos Gemini e permite aos usuários ouvir explicações sobre o tema buscado — ideal para quem está multitarefa ou prefere consumir informação de forma auditiva.

O Audio Overview aparece como uma opção adicional em determinadas buscas, quando o Google considera que o formato pode ser útil para a consulta feita. Ao acionar o recurso, o usuário encontra um player simples com controles de reprodução, volume e velocidade do áudio. Além disso, há links embutidos que indicam as fontes das informações apresentadas.

Segundo o Google, a ideia é oferecer um modo mais acessível de entender conteúdos complexos ou extensos sem depender exclusivamente da leitura. O recurso também permite avaliação dos usuários com botões de “curtir” ou “não curtir”, auxiliando na melhoria contínua da funcionalidade.

A novidade vem na esteira do Audio Overview lançado no NotebookLM, assistente de anotações e pesquisa com IA da empresa, e que já permite transformar documentos, como leituras acadêmicas e textos jurídicos, em podcasts com apresentadores virtuais.

Embora ofereça uma experiência mais inclusiva e dinâmica, o lançamento acontece em meio a críticas. Reportagem recente do Wall Street Journal mostrou que os resumos com IA do Google estão afetando o tráfego de veículos de mídia, levantando preocupações sobre impacto no jornalismo digital.

Com os Audio Overviews, o Google dá mais um passo na integração da IA ao cotidiano dos usuários, ampliando as formas de acesso à informação e diversificando as experiências dentro do Search. A funcionalidade ainda está em fase de testes, mas pode representar uma evolução no modo como interagimos com os mecanismos de busca.