Meta usará dados de interações com IA para anúncios direcionados no Facebook e Instagram a partir de dezembro.
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Meta usará dados de interações com IA para anúncios direcionados no Facebook e Instagram a partir de dezembro.
A Meta anunciou nesta quarta-feira que passará a utilizar dados coletados em conversas com suas ferramentas de inteligência artificial para vender anúncios direcionados em suas plataformas sociais. A mudança na política de privacidade entrará em vigor em 16 de dezembro e será aplicada globalmente, com exceção de usuários na Coreia do Sul, Reino Unido e União Europeia, onde legislações de privacidade restringem esse tipo de coleta.
O modelo de negócios da Meta sempre foi baseado na criação de perfis detalhados de usuários do Facebook e Instagram para oferecer anúncios altamente segmentados. Agora, esse perfil será ampliado com informações de interações em IA, incluindo o chatbot Meta AI, óculos inteligentes Ray-Ban Meta, o feed de vídeos Vibes e o gerador de imagens Imagine.
Segundo a empresa, mais de 1 bilhão de pessoas interagem mensalmente com o Meta AI, muitas vezes em conversas longas e detalhadas. Esses diálogos oferecem novos sinais valiosos para a segmentação de anúncios. Por exemplo, se um usuário conversa sobre trilhas e montanhismo, pode começar a receber anúncios de equipamentos de caminhada.
De acordo com a Meta, apenas usuários conectados à mesma conta em produtos diferentes terão seus dados usados para anúncios no Facebook e Instagram. No entanto, não haverá opção de opt-out, ou seja, não será possível impedir o uso dessas informações para publicidade.
Em nota, a gerente de políticas de privacidade da Meta, Christy Harris, afirmou que ainda estão sendo construídos os sistemas que usarão as interações de IA para otimizar anúncios. A empresa ressalta que dados sensíveis — como crenças religiosas, orientação sexual, opiniões políticas, saúde, origem étnica ou sindicalização — não serão utilizados para exibição de anúncios.
A decisão da Meta reflete uma tendência mais ampla de monetização dos produtos de IA, que até agora têm sido oferecidos gratuitamente. Outras gigantes do setor já começaram a explorar caminhos semelhantes: a OpenAI lançou um sistema de compras dentro do ChatGPT, e a Google revelou planos para integrar anúncios em sua busca com IA, o chamado AI Mode.
Ainda que a Meta afirme não ter planos imediatos de incluir anúncios diretamente dentro de suas ferramentas de IA, o próprio Mark Zuckerberg já sugeriu que essa possibilidade pode se tornar realidade futuramente.
Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital e especialista em estratégia, inovação e gestão de projetos. Na Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, desenvolve soluções para fortalecimento institucional. Com passagens por ORO, Agência Open, Brasil84 e VTIC, acumula experiência em marketing digital, branding e transformação digital. Certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, aplica inteligência artificial em design, automação e comunicação. Membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, atua também em projetos sociais e educacionais.
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