Sora, o aplicativo de vídeos gerados por inteligência artificial da OpenAI, ultrapassou a marca de 1.000.000 de downloads em menos de cinco dias após o lançamento.
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Sora, o aplicativo de vídeos gerados por inteligência artificial da OpenAI, ultrapassou a marca de 1.000.000 de downloads em menos de cinco dias após o lançamento.
Dados preliminares da empresa de inteligência de apps Appfigures indicaram que o Sora registrou cerca de 627.000 downloads no iOS durante sua primeira semana, superando os 606.000 downloads que o ChatGPT teve em sua estreia no iOS. Pouco depois, um executivo da OpenAI confirmou publicamente que o Sora já havia passado de 1 milhão de instalações em menos de cinco dias.
Na semana de estreia, Sora subiu rapidamente nas paradas da App Store dos EUA: no primeiro dia o app já figurou entre os principais colocados e, em poucos dias, alcançou o topo das categorias gerais. Vale lembrar que o lançamento do Sora foi feito em esquema invite-only e limitado inicialmente aos mercados dos Estados Unidos e Canadá — circunstância que torna os números ainda mais expressivos.
O app é movido pelo modelo de vídeo Sora 2 da OpenAI e permite a criação rápida de vídeos realistas a partir de prompts. Usuários vêm publicando clips virais em redes sociais, alguns com recuperação incrível de detalhes faciais e vozes — capacidades que explicam tanto o crescimento rápido quanto a preocupação pública sobre usos indevidos.
O apelo massivo do Sora também reacendeu debates sobre deepfakes e consentimento digital. Relatos e exemplos circulando na internet mostram que usuários criaram vídeos de figuras públicas e até de pessoas falecidas — um ponto que provocou reações emocionais, como pedidos públicos para que determinadas criações sejam interrompidas. Especialistas ressaltam que ferramentas tão potentes aumentam a necessidade de guardrails técnicos, políticas de uso e educação digital.
Embora comparações entre lançamentos sejam sempre imperfeitas (por conta de diferenças geográficas e modelos de distribuição), os dados mostram que o interesse por experiências multimodais — em especial vídeo + social — está alto. Sora superou o desempenho de estreias como as do Claude (Anthropic) e do Copilot (Microsoft) e ficou no mesmo patamar de apps virais recentes.
Por enquanto, o Sora permanece limitado a iOS e a convites; a OpenAI vem ajustando acesso e controlos enquanto monitora comportamento de uso. A empresa e reguladores provavelmente enfrentarão pressão para aprimorar políticas de moderação, rotulagem e mecanismos de denúncia, à medida que a tecnologia se populariza.
O caso Sora demonstra duas tendências simultâneas: por um lado, a enorme demanda do público por ferramentas criativas baseadas em inteligência artificial; por outro, os desafios que surgem quando a criação em massa se converte em desinformação, violação de direitos e questões de segurança. Plataformas, legisladores e empresas terão que acelerar a implementação de controles técnicos e políticas de governança para equilibrar inovação e risco.
Paulo Júnio de Lima é Administrador com MBA em Marketing Digital e especialista em estratégia, inovação e gestão de projetos. Na Comunicação e Relações Públicas da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais, desenvolve soluções para fortalecimento institucional. Com passagens por ORO, Agência Open, Brasil84 e VTIC, acumula experiência em marketing digital, branding e transformação digital. Certificado pelo IA Lab do Estúdio Kimura, aplica inteligência artificial em design, automação e comunicação. Membro ativo da Ordem DeMolay há mais de 18 anos, atua também em projetos sociais e educacionais.
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